Floresta em Portugal

As alterações mais significativa da estrutura florestal portuguesa resultaram da substituição de espécies autóctones por espécies de rápido crescimento e a transformação de áreas florestais em áreas de matos devido à recorrência de incêndios nos mesmos locais.

FLORESTAS

> ocupam 35,4% do país

> cobrem mais de 3 milhões de ha.

> correspondem ao uso do solo dominante em Portugal

De acordo com os dados mais recentes, as florestas ocupam 35,4% do país e cobrem mais de 3 milhões de hectares, correspondendo ao uso do solo dominante em Portugal continental. Este valor está próximo da média dos países da UE27 (37,6%, SOEF, 2011), e inclui povoamentos florestais e áreas temporariamente desflorestadas (áreas queimadas, cortadas e em regeneração), onde se espera a recuperação da cobertura arbórea no curto prazo1. No entanto, menos de 0,5% da cobertura florestal portuguesa é constituída por floresta antiga, valor quatro vezes inferior à média da UE2, sendo que a grande maioria é constituída por um número reduzido de espécies. Matos e pastagens, com 32%, constituem o segundo maior uso do solo, sendo que os arbustos ocupam 52% dessas áreas, isto é 1.500.157 ha. As áreas agrícolas correspondem a 24% da área continental.

A floresta em Portugal é essencialmente privada, pelo que astrês espécies maior valor económico ocupam quase 75% da área florestal. O eucalipto (Eucalyptus spp.) é a espécie mais comum (812.000 ha, 26%), seguido do sobreiro (Quercus suber, 737.000 ha, 23%) e do pinheiro bravo (Pinus pinaster, 714.000 ha, 23%). Tanto o pinheiro-bravo como o sobreiro são nativos de Portugal, enquanto que o eucalipto é uma espécie exótica.  Entre 2015 e 1995 a área de eucalipto aumentou 17,7%%, a área de pinheiro-bravo diminuiu 27% e a área de sobreiro teve uma ligeira diminuição de 3,6%.

As alterações mais significativa da estrutura florestal portuguesa resultaram da substituição de espécies autóctones por espécies de rápido crescimento e a transformação de áreas florestais em áreas de matos devido à recorrência de incêndios nos mesmos locais.

1 ICNF, 2013. IFN6 – Áreas dos usos do solo e das espécies florestais de Portugal continental. Resultados preliminares. [pdf], 34 pp, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Lisboa.

2 https://ec.europa.eu/jrc/en/ publication/eur-scientific-and- technical-research-reports/mapping- and-assessment-primary-and-old- growth-forests-europe